Biodiesel e Hidrogênio Verde: soluções para reduzir bilhões de toneladas de CO2 no Brasil

O Brasil está avançando em soluções para a descarbonização do setor de transporte, com destaque para o biodiesel. Atualmente responsável por 14% da mistura no diesel, o biodiesel pode ganhar ainda mais espaço.

André Lavor, CEO da Binatural, afirmou que aumentar essa porcentagem para 25% pode evitar a emissão de mais de 320 bilhões de toneladas de CO2 na próxima década. A declaração ocorreu no evento "Estadão Summit ESG 2024".

Projeto "Combustíveis do Futuro" trará avanços

O projeto "Combustíveis do Futuro", que está para ser sancionado, foca na ampliação do uso de biocombustíveis como o biodiesel, HVO (óleo vegetal hidrotratado) e SAF (combustível sustentável de aviação). A iniciativa visa descarbonizar a matriz de transporte brasileira, composta principalmente por veículos pesados movidos a óleo diesel.

Impactos ambientais do biodiesel

Além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o biodiesel contribui para o reaproveitamento de resíduos. Em 2022, 150 milhões de litros de óleo de fritura foram utilizados para produzir biodiesel, prevenindo a contaminação de trilhões de litros de água.

Hidrogênio verde

Outra aposta importante é o hidrogênio verde, produzido a partir de energia renovável. Segundo Fernanda Delgado, diretora da Abihv, esse combustível pode transformar setores como a siderurgia e a agricultura, com impactos no PIB que podem chegar a R$ 7 trilhões até 2050.

Eletrificação e mobilidade sustentável

A eletrificação dos veículos é outro avanço na redução de emissões. A 99 lançou um programa que pode reduzir os custos operacionais dos motoristas em até 80%, enquanto colabora com a descarbonização do transporte urbano.

Desafios no uso de biomassa

Uma questão que traz preocupação e ainda é pouco discutida é o uso de biomassa para cozinhar. "Globalmente, a situação é ainda mais grave, sendo a terceira maior causa de morte entre mulheres e crianças a inalação de fumaça proveniente da queima de madeira para cozinhar. Estima-se que 4 milhões de pessoas morram todos os anos devido a complicações respiratórias causadas por essa prática", diz David Zylbersztajn, professor e coordenador do Instituto de Energia da PUC Rio.

Fonte: Terra

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