A recente regulamentação da reforma tributária trouxe mudanças significativas para o setor de combustíveis no Brasil. Uma das principais vitórias foi a inclusão da monofasia no pagamento de PIS/Cofins sobre o etanol, após articulações no Senado lideradas pelo senador Veneziano Vital do Rêgo.
O modelo monofásico, já aplicado no diesel e na gasolina desde 2023, simplifica a tributação, cobrando o imposto apenas no início da cadeia produtiva. Para o etanol, essa prática será testada inicialmente apenas para PIS/Cofins. O setor defende a antecipação da monofasia completa, prevista para 2033, como uma maneira de simplificar a arrecadação e combater fraudes. Além disso, a implementação do modelo no ICMS será discutida no próximo ano.
Segundo Veneziano, a medida reduz a evasão fiscal e fortalece a competitividade do etanol em relação aos combustíveis fósseis, consolidando sua posição no mercado energético brasileiro.
A StoneX revisou para cima as previsões de consumo de diesel e biodiesel no Brasil, refletindo o aquecimento econômico e o aumento da demanda por transporte de cargas. Em 2024, foi projetado um consumo de 67,7 bilhões de litros de diesel B, um crescimento de 3,4% em comparação a 2023. Para 2025, a projeção chega a 69,9 bilhões de litros, uma alta de 3,2% em relação ao ano anterior.
O biodiesel, peça-chave na transição energética, também apresenta números impressionantes. A previsão para 2024 é de um aumento de 23,6% nas vendas, atingindo 9,2 bilhões de litros. Em 2025, com o incremento da mistura de biodiesel no diesel de 14% para 15%, a expectativa é de alcançar 10,2 bilhões de litros, um aumento de 11,1% em relação ao ano anterior.
O óleo de soja, responsável por cerca de 75% da matéria-prima do biodiesel, também deverá ter crescimento na demanda, com um aumento anual de 16,7% previsto para 2025.
No cenário global, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê um mercado de petróleo bem abastecido em 2025, mesmo com a ampliação da demanda. A previsão de crescimento da demanda global foi ajustada para 1,1 milhão de barris por dia, puxada principalmente pelos países asiáticos, onde medidas de estímulo econômico têm impulsionado o consumo.
A Opep+ manteve os cortes de produção, mas o impacto será moderado, graças à capacidade de abastecimento global. Essa estabilidade no mercado mundial oferece segurança energética em um momento de transição para fontes renováveis, como o biodiesel e o etanol, onde o Brasil continua se destacando com grande importância.
Fonte: SindTRR
Continue acompanhando o blog e fique por dentro das notícias do setor e outras informações sobre o óleo diesel!
Leia também: Lei do Combustível do Futuro e opinião pública