No início de outubro, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu pelo corte na produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir do mês de novembro.
Porém, agora o diretor da Agência Internacional de Energia (AIE) criticou essa decisão, com receio de uma piora no cenário para países rumo à recessão.
Em entrevista realizada no Egito, durante a COP27, o diretor executivo da AIE, Fatih Birol, afirmou que “a recente decisão da Opep+ de cortar a produção em 2 milhões de barris por dia definitivamente não foi útil”.
Para ele, essa medida acelera a inflação, principalmente nos países em desenvolvimento. Logo, deve ser reavaliada.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados afirmaram que as restrições à oferta são necessárias diante da alta incerteza econômica.
Isso porque as tendências dos preços e demanda após a decisão justifiaram a estratégia de alguma forma. Porém, agora o petróleo se aproxima novamente dos US$ 100 por barril, próximo às sanções extras das exportações russas de petróleo entrarem em vigor.
Entre os países importadores de energia que mais sofrerão com o corte de produção da Opep+, seriam os da África, Ásia e América Larina, de acordo com a AIE, que presta consultoria a países desenvolvidos.
Segundo Birol, os investimentos em combustíveis fósseis precisam continuar, em conjunto com recursos renováveis, para aumentar a segurança energética mundial.
A AIE já alertou contra mais gastos em combustíveis fósseis no passado. Em 2021, foi orientado que os países deveriam parar de desenvolver novos campos de petróleo e gás sob o risco de enfrentar uma perigosa elevação das temperaturas globais.
Fonte: Money Times
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