Após especulação, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu, no dia 5 de outubro, pelo corte na produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir do mês de novembro.
Logo após essa decisão, a alta do petróleo dos últimos dias se estendeu, chegando a avançar 2% e superar os US$ 93 por barril no brent.
Para executivos e analistas de empresas de energia, essa medida deve reduzir a oferta que já está apertada devido à demanda natural, falta de investimento e problemas no fornecimento.
Esse ano, a Opep+ aumentou os níveis de produção após os cortes recordes implementados em 2020, quando a pandemia foi responsável por diminuir a demanda. Porém, nos últimos meses o grupo não foi capaz de cumprir esse aumento programado, deixando de atingir 3,6 milhões de bpd em agosto.
Segundo Goldman Sachs, grupo financeiro multinacional sediado em Nova Iorque, o corte da meta de produção de petróleo se dá pela forte baixa nos preços do barril em relação às altas recentes.
Há três meses os preços caíram de US$ 120 para US$ 90 o barril, aproximadamente, devido a temores de uma recessão econômica global, aumento das taxas de juros dos EUA e o dólar em alta. Agora, esse corte pode estimular uma recuperação do valor.
Argumentando que os fundamentos não apoiam a decisão, os Estados Unidos pressionaram a Opep+ a não seguir com o corte de produção. Ainda não está claro se a medida pode incluir reduções voluntárias adicionais por membros como a Arábia Saudita, ou se podem incluir a subprodução existente pelo grupo.
Analistas do Citi, em nota, afirmaram que essa alta do petróleo, se impulsionada por cortes consideráveis na produção, provavelmente irritariam o governo de Joe Biden antes das eleições de meio de mandato nos EUA. JPMorgan também disse esperar que Washington traga contramedidas liberando mais estoques de petróleo.
Enquanto isso, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o país precisa ser menos dependente da Opep+ e de produtores estrangeiros. Ainda acrescentou, à Fox News, que os cortes significavam que a Opep+ estava “ajustando seus números” depois de aumentar a produção durante o verão.
quote“A Opep+ tem dito que eles estão produzindo três milhões e meio de barris a mais do que realmente são. Então, de certa forma, essa redução anunciada realmente os coloca de volta mais alinhados com a produção real”, disse Kirby.
Já a Arábia Saudita e outros membros da organização afirmaram que buscam evitar a volatilidade, ao invés de atingir um preço específico para o petróleo.
Fonte: InfoMoney
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