Após mais de um mês, a Petrobras anunciou uma nova redução no valor do litro de óleo diesel vendido para as distribuidoras. O preço passará de R$ 5,19 para R$ 4,89, apresentando uma queda de R$ 0,30 que entrou em vigor já no dia 20 de setembro.
A estimativa da companhia é que o consumidor final verá uma queda de R$ 0,27 por litro na bomba, considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel aos 90% de diesel tipo A.
“O corte acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, apontou a Petrobras em nota.
A última vez em que o consumidor de óleo diesel viu o combustível ter alguma baixa, foi em 11 de agosto, quando houve uma queda de R$ 0,22 por litro. Agora, esse é o terceiro corte consecutivo anunciado pela estatal.
No entanto, o diesel segue não apresentando a mesma queda dos outros combustíveis, como a gasolina, mesmo com a baixa do petróleo.
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No dia 12 de setembro, uma semana antes, a Petrobras também anunciou uma redução no valor do gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, para as distribuidoras.
O preço, que era R$ 4,23 por quilo, passou a valer R$ 4,03, apresentando uma queda de R$ 0,20.
A política de preços usada atualmente pela Petrobras foi implementada em 2016. Ela leva em consideração diversos fatores, porém o principal é a flutuação dos preços no mercado internacional, que acompanha as cotações do petróleo e do gás natural.
O valor do dólar em relação ao real também é levado em consideração, visto que a estatal possui custos em dólar e a cotação de commodities no mercado internacional usa a moeda estadunidense como base.
Logo, quanto maior for a valorização do dólar, maior será o preço, aumentando também a necessidade de um reajuste. No entanto, nem sempre essa variação será refletida imediatamente nos preços, visto que a Petrobras não possui uma frequência fixa para os reajustes.
A companhia afirma que procura evitar que variações pontuais, ou em períodos de volatilidade, influenciem na consideração do reajuste.
Desde o ano passado, o petróleo e o gás natural entraram em movimento de forte valorização devido a um desequilíbrio entre oferta e demanda gerado pela pandemia.
Em 2022, a guerra da Ucrânia piorou o cenário. Porém, conforme crescem as apostas sobre uma recessão global, que reduziria a demanda, o mercado vê um alívio nos preços.
Enquanto isso, o dólar passou a maior parte de 2020 e 2021 acima dos R$ 5. Somente no primeiro trimestre de 2022 é que foi visto um período de cotação abaixo desse valor, e uma nova queda no terceiro trimestre.
Além desses fatores, os produtos como gás de cozinha, diesel e gasolina, ainda levam em conta os tributos federais e o ICMS, que é estadual.
Fonte: CNN Brasil
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