O biodiesel é um combustível sustentável, derivado de matéria-prima de fontes renováveis, como óleos vegetais e gorduras animais, tendo como fonte principal a soja. Ele pode ser utilizado para substituir o óleo diesel e, por lei, está presente na mistura do próprio diesel.
Desde 2005 sua comercialização era através de leilões. No entanto, o modelo de venda direta, onde distribuidoras compram diretamente dos produtores, entrou em vigor no dia 1º de janeiro.
Já no primeiro bimestre de 2022 a demanda de negociações entre distribuidoras e produtores foi maior que o estimado pela ANP, demonstrando o sucesso da compra direta.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que a demanda de compra de biodiesel direto com os produtores totalizaram 957 milhões de litros para o abastecimento no primeiro bimestre deste ano.
O volume representa cerca de **36% a mais que o estimado para o período do ano e seu objetivo é atender o percentual de mistura obrigatória ao óleo diesel, que permanece 10% em sua concentração.
“A contratação acima da demanda estimada demonstra o sucesso do novo modelo de comercialização já no primeiro bimestre de sua vigência, com a adesão maciça dos distribuidores de combustíveis e dos produtores, garantindo o abastecimento ao consumidor final em todo o território nacional”, diz a ANP.
Apesar da perspectiva de aumento da concentração de biodiesel na mistura do diesel, o governo federal decidiu reduzir a porcentagem obrigatória em 2022.
O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) divulgou a manutenção do teor de 10% de biodiesel no diesel, com o objetivo proteger os interesses do consumidor quanto ao preço, qualidade e oferta dos produtos.
Para tentar conter o aumento dos preços de combustíveis no Brasil, a redução aconteceu porque 71% da composição do biocombustível é de óleo de soja — matéria-prima que também ficou mais cara na pandemia devido ao aumento da demanda mundial e à alta do dólar.
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