Em novembro, os derivados do petróleo e refinados da China devem atingir o maior nível em exportação desde abril de 2020. Isso porque o país aumentou a produção para elevar a oferta e lucro do diesel e compensar o impacto da demanda doméstica, que ficou mais lenta devido a restrições da Covid-19.
Tanto os Estados Unidos quanto a China, os maiores países para refino do petróleo, estão processando em maior escala para atender ao maior uso do diesel, especialmente no hemisfério norte que em breve entrará no inverno, onde o combustível está sendo alternativa mais viável ao gás natural, que está mais caro.
Além do diesel, o aumento da produção também pode esfriar os preços de outros combustíveis como a gasolina, e diminuir as margens gerais de refino.
Fontes da indústria, com sede em Pequim, afirmaram à Reuters que a produção de petróleo bruto da China pode aumentar em até 500.000 barris por dia (bpd). Ou seja, 4% a mais em relação a outubro.
A explicação está nas duas novas refinarias, PetroChina Guangdong Petrochemical e a empresa privada Shenghong Petrochemical, que se preparam para iniciar suas operações.
No entanto, metade desse aumento deve vir da Sinopec, a maior refinaria da Ásia, que tem aumentado sua produção para produzir maiores volumes de diesel e ampliar as exportações de combustíveis.
Com produção voltada para o diesel, as principais plantas costeiras da Sinopec devem elevar moderadamente as taxas de operação a partir de outubro.
"A demanda por gasolina não está boa, mas os estoques de diesel estão escassos. Então, o mandato da matriz é aumentar a produção de diesel para abastecer o mercado interno e também aumentar as exportações”, disse uma das fontes da Sinopec.
Um porta-voz da Sinopec se recusou a comentar.
A maior refinaria privada da China, a Zhejiang Petroleum and Chemical Co (ZPC), também está aumentando a produção de diesel por meio de um corte da produção petroquímica.
Segundo estimativas de analistas do setor na China, as exportações de diesel, gasolina e outros derivados do petróleo podem chegar a 6 milhões de toneladas em novembro, devido ao aumento da produção. Esse valor seria o maior desde os primeiros dias da pandemia de Covid-19, em abril de 2020.
As exportações de diesel podem ficar entre 1,8 milhão e 2,2 milhões de toneladas no mês, o nível mais alto desde junho de 2021, segundo estimativas da Wood Mackenzie, JLC e Refinitiv, já que as refinarias são atraídas pelo gasóleo, ou diesel, cujos lucros de refino que mais que triplicaram na Ásia neste ano.
Dados da Refinitiv e Kpler mostraram ainda que os embarques chineses são destinados principalmente ao Sudeste Asiático em outubro e novembro, já que a janela de arbitragem, que determina se uma mercadoria pode ser enviada de uma região geográfica para outra com lucro, para o Ocidente está fechada.
Fonte: Exame
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