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Especialistas afirmam que preços dos combustíveis devem continuar em alta

Os preços da gasolina e do óleo diesel no Brasil estão atingindo patamares recordes em 2023 e, de acordo com especialistas, há previsões de aumento contínuo até o final do ano. Essa tendência é impulsionada por fatores tanto internos quanto externos, como restrições na oferta de petróleo global e o aumento da demanda.

Oferta global de petróleo e seu impacto nos preços

Recentemente, Rússia e Arábia Saudita, duas das principais potências mundiais no setor de petróleo, anunciaram a continuação dos cortes na produção de petróleo. Os sauditas estenderam a redução diária de 1 milhão de barris por mais três meses, enquanto os russos reduziram suas exportações em 300 mil barris diários.

Essa escassez na oferta de petróleo tem um efeito direto nos preços, seguindo a lógica do mercado: com menos produto disponível, os preços sobem. O barril de petróleo tipo Brent, referência internacional, atingiu US$ 90,60, a maior cotação desde novembro de 2022.

O valor do barril de petróleo é um dos principais determinantes dos preços dos combustíveis. No início do ano, ele estava em US$ 82 e, em junho, chegou a atingir seu patamar mais baixo do ano, US$ 71,80. No entanto, as expectativas de demanda global estável ou em crescimento, especialmente relacionadas ao comportamento da China, indicam que os preços dos combustíveis continuarão elevados.

Perspectivas para os preços dos combustíveis

De acordo com Adriano Pires, sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), o cenário previsto é de aumento ou estabilidade nos preços dos combustíveis, dependendo do comportamento da economia chinesa. No entanto, a projeção de um barril a US$ 100 até o final do ano, que estava em pauta, parece agora menos provável. Pires observa que o câmbio está estável, a menos que ocorra um evento extraordinário, e que o barril provavelmente crescerá no segundo semestre, devido à oferta restrita, inflação e crescimento da economia chinesa.

Essa perspectiva se combina com questões internas que já estão pressionando os preços. O óleo diesel recentemente ultrapassou a marca de R$ 6, e o preço médio da gasolina atingiu R$ 5,87, o valor mais alto registrado no ano pela pesquisa da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP). A expectativa de queda na demanda de gasolina para setembro, a primeira desde a pandemia, é impulsionada pelo aumento do consumo de etanol, que está se tornando uma alternativa mais competitiva.

Desafios com o diesel

No caso do óleo diesel, a situação é ainda mais delicada. Os preços vêm subindo nas últimas seis semanas e atingiram o valor mais alto desde fevereiro. Além disso, o governo retomou a cobrança de tributos federais sobre o diesel, o que deve aumentar progressivamente o custo desse combustível até janeiro.

Para Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o diesel é mais afetado pela escassez de oferta de petróleo global, uma vez que grande parte do diesel consumido no Brasil é importado. Ele ressalta que parte desse diesel importado é russo, que chega ao Brasil a um custo mais baixo, mas que as extensões dos cortes de produção da Rússia podem afetar o valor desse combustível.

Fonte: NovaCana

Continue acompanhando o blog e fique por dentro das notícias do setor e outras informações sobre o óleo diesel!

Leia também: Petrobras aumentará a produção de diesel renovável em 146% este ano

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