Petróleo atinge máxima em três meses impulsionado por restrições de produção e sinais de mercado mais apertado
Os preços do petróleo atingiram suas maiores cotações em três meses, evidenciando um mercado mais apertado e desafiando preocupações sobre um possível aumento de juros pelo Federal Reserve, que poderia impactar a demanda.
As restrições de produção impostas pela Arábia Saudita e seus parceiros da OPEP+ contribuíram para esse cenário de alta nos preços de referência Brent e West Texas Intermediate (WTI).
Rali do petróleo e riscos de aumento de juros
O barril de Brent alcançou mais de US$ 82 em Londres, enquanto o de WTI se aproximou de US$ 79 em Nova York. Ambos os preços de referência ultrapassaram as máximas do final de abril, registrando um aumento de mais de 11% em quatro semanas consecutivas de alta. Esse rali ocorre em meio a restrições de produção pela Arábia Saudita e pela OPEP+, que buscam controlar o mercado e reduzir a oferta de petróleo.
Contudo, esse cenário de alta não está imune a desafios. O Federal Reserve dos Estados Unidos está considerando implementar outro aumento de juros para conter a inflação. Esse ciclo de aperto monetário pode trazer riscos para a maior economia do mundo, podendo levar à recessão e potencialmente afetar a demanda por petróleo.
Panorama do mercado e sinais de força
Apesar dos recentes ganhos e dos cortes de produção pela OPEP+ e seus aliados, o petróleo ainda apresenta uma leve queda no ano. Um dos obstáculos persistentes para as commodities é a recuperação estagnada da China, que tem impacto direto na demanda por petróleo.
Apesar das preocupações sobre a próxima reunião do Federal Open Market Committee (FOMC), os analistas acreditam que o mercado de petróleo pode continuar apresentando força. Os estoques em terra estão diminuindo, o que é um sinal de um mercado mais apertado. Além disso, os preços do petróleo WTI ultrapassaram sua média móvel de 200 dias, indicando impulso de alta. O Brent seguiu o mesmo padrão.
Outro sinal positivo é o prêmio pago pelo contrato de WTI mais próximo em relação ao do mês seguinte, conhecido como backwardation. Esse padrão sinaliza uma demanda robusta e atingiu o spread mais amplo desde meados de novembro.
Fonte: Exame
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