A recente medida provisória que restringe os créditos de PIS/Cofins pode resultar em aumentos no preço da gasolina, etanol e diesel a partir de 11 de junho. Distribuidoras e representantes de postos de combustível indicam que os preços podem subir até 11 centavos por litro, dependendo do repasse aos consumidores.
A medida do governo visa aumentar a arrecadação para compensar a desoneração da folha salarial dos setores mais empregadores e dos municípios. A restrição limita o uso de créditos de PIS/Cofins pelas empresas para compensar outros tributos, impactando diversos setores da economia.
Segundo o Recap (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas e Região), distribuidoras de combustível já confirmaram o aumento de preços. Esta medida pode aumentar os custos operacionais dos transportadores, que possivelmente repassarão os custos adicionais aos consumidores. O Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) prevê um aumento de 4% a 7% no preço da gasolina e de 1% a 4% no diesel durante a distribuição.
Para enfrentar os desafios do armazenamento de biodiesel, especialistas recomendam a adoção do HVO, também conhecido como diesel verde. O HVO, um óleo vegetal hidrotratado, não contém oxigênio em sua molécula, tornando-se um hidrocarboneto puro e mais estável.
Esse combustível é compatível com os motores a diesel atuais sem necessidade de adaptações. Além disso, o diesel verde emite menos gases nocivos durante a combustão, ajudando a reduzir a poluição ambiental.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a medida corrige uma distorção tributária no país. Segundo ele, houve "muito mal-entendido" sobre os efeitos da medida provisória, especialmente entre as indústrias, que, conforme ele, não serão afetadas. O ministro também mencionou um acordo para manter a desoneração em 2024 e negociar uma cobrança gradual a partir do próximo ano, destacando que a intenção não é criar novos tributos, mas ajustar o sistema atual para uma arrecadação mais justa e equilibrada.
Fonte: Estadão
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